Descrição do Produto
As primeiras oficinas de bengalas terão surgido em Gestaçô nos finais do século XIX. Em 1902, Alexandre Pinto Ribeiro, montou a sua primeira oficina no lugar da Mó, sonho que acalentava desde que tinha regressado de África em 1888, e que foi enfatizado por uma visita a uma Exposição de Bengalas em Madrid, na vizinha Espanha. Este homem “revolucionou” todo o processo do fabrico das bengalas e cabos de guarda-chuva, ao introduzir uma pequena inovação tecnológica: a técnica de dobragem.
Passando de uma técnica de recorte para uma técnica de dobragem, que além de representar maior economia na utilização da madeira e de a tornar menos quebradiça, alterou profundamente o modo de vida de boa parte da população local, com a multiplicação de oficinas e de encomendas para as fábricas de guarda-chuvas do país, destacando-se as do Porto, S. João da Madeira e Braga.
A partir da altura, em que a bengala caiu em desuso como complemento da toilette masculina, as oficinas de bengalas começaram a enfrentar dificuldades em sobreviver, acabando por encerrar portas, quando as fábricas passaram a preterir os cabos de guarda-chuva em madeira pelos de plástico e de fibras sintéticas.
Atualmente, é a criatividade dos artesãos a base da sua sustentabilidade, ao introduzirem peças singulares que fazem a delícia dos colecionadores, sendo também muito conhecidas dos estudantes universitários, já que é das mãos dos artesãos desta freguesia que saem anualmente mais de 20 mil bengalas para as queimas das fitas promovidas por todo o país.
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